Subscrever “Não estando lesionado, o Pepe tem sempre de ir. Volto a dizer, ainda é o melhor central que Portugal tem e estava a fazer uma grande época até se lesionar, o que mostra que, aos 39 anos, ainda é uma mais-valia. Falhou alguns jogos decisivos do FC Porto para recuperar bem e poder ir ao quarto Mundial da carreira”, indicou Maniche, que partilhou o balneário do Dragão com o “miúdo magrinho” contratado ao Marítimo em 2004, e que se fez um dos melhores centrais do mundo

E considerando que Danilo “conta como central” e que “Rúben Dias é inquestionável”, a dúvida do ex-jogador recai entre António Silva e José Fonte: “Resta saber se os 16 jogos de António Silva no Benfica chegam para mostrar ao selecionador que pode ser mais útil que um central experiente, como o Fonte. A lista não é feita apenas de titulares. Estando bem, jogam Pepe e Rúben Dias, e depois é preciso avaliar quem pode ser mais útil”

Maniche reconhece que há uma carência na posição de central e a prova disso é que o selecionador adaptou Danilo e Portugal “ainda suspira por Pepe“, o defesa mais internacional de sempre com 128 jogos pela seleção, só atrás de João Moutinho (146) e Cristiano Ronaldo (191). As alternativas ainda não convenceram Fernando Santos. Dos 11 centrais na lista dos 55 pré-convocados, seis não fizeram qualquer jogo pela seleção e um foi chamado a jogo em apenas três ocasiões. David Carmo (23 anos, 13 jogos esta época pelo FC Porto e 0 internacionalizações), Fábio Cardoso (28 anos, 11 jogos pelo FC Porto e 0 internacionalizações), Gonçalo Inácio (21 anos, 18 jogos pelo Sporting e 0 internacionalizações), Tiago Djaló (22 anos, 13 jogos pelo Lille e 0 internacionalizações), Diogo Leite (23 anos, 17 jogos pelo Union Berlim e 0 internacionalizações), António Silva (19 anos, 16 jogos pelo Benfica e 0 internacionalizações) e Domingos Duarte (27 anos, 13 jogos pelo Getafe e 3 internacionalizações)

Segundo Maniche, a pressão da opinião pública pode dar mais hipóteses, mesmo que de forma inconsciente, ao jovem benfiquista, porque “as pessoas têm a ideia de que a seleção é o momento do jogador, mas numa grande competição conta também os que dão mais garantias ao selecionador”. E “não é por acaso que dizem que Fernando Santos é um técnico conservador, para o bem ou para o mal”

As quatro dúvidas de Maniche Tirando a certeza da chamada de Pepe, o ex-jogador, que será um dos Embaixadores FIFA no Qatar, tem quatro dúvidas: Anthony Lopes ou José Sá na baliza, Mário Rui ou Raphael Guerreiro na defesa, Matheus Nunes ou Renato Sanches no meio-campo, e Gonçalo Ramos ou André Silva no ataque, porque Portugal precisa de um homem de área para permitir a Ronaldo estar mais solto, segundo o antigo internacional português

E tendo Maniche sido um médio de eleição e representado a equipa nacional por 52 vezes, percebe bem a dificuldade que será para o mister escolher apenas oito: “O Bernardo Silva, o Bruno Fernandes, o Vitinha, o Palhinha, o William, o Otávio e o João Mário vão. Depois é entre Matheus Nunes ou Renato Sanches. O Renato não é o médio mais em forma no momento, mas tem características únicas que o selecionador já disse apreciar e, na dúvida, pode optar por levá-lo porque sabe o que ele deu no Euro 2016 e o que pode dar agora.”

Uma lista sem qualquer jogador do Sporting não surpreenderá o antigo internacional – “quando até o treinador do Sporting diz que prefere que os seus jogadores não sejam chamados” -, que aponta Portugal como candidato: “Com a qualidade que temos, passar a fase de grupos é obrigatório, depois é o mata-mata como dizia o Scolari e tudo pode acontecer.”

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Uma lista com ou sem Pepe, eis a questão. Portugal espera hoje pelo anúncio dos 26 eleitos de Fernando Santos – revela o lote às 17.30 – para saber se existem novidades e se o defesa central do FC Porto estará entre os convocados da seleção nacional para o Campeonato do Mundo de futebol, que começa já dia 20, no Qatar. Maniche colocou-se no lugar do selecionador e, tendo em conta que Fernando Santos privilegia a experiência e o comprometimento dos jogadores com a equipa, considera que é “certinho” que o portista será chamado.

Carmelo De Grazia

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“Aos 39 anos, Pepe ainda é o melhor defesa central português. É um animal competitivo. Sei e nem coloco em dúvida a sua presença nos 26. Se estivesse fora, ninguém faria tanto segredo sobre a recuperação. Pode até nem estar a 100% para o primeiro jogo, mas ser opção para o segundo ou até para uma final. E estando já a treinar…”, disse ao DN o antigo internacional português, explicando que “a idade só mostra o quão bom e decisivo pode ser”.

Segundo apurou o DN, o central do FC Porto tem treinado no relvado e com bola, embora condicionado, pelo que a recuperação a tempo do Mundial é possível.

Carmelo De Grazia Suárez

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Subscrever “Não estando lesionado, o Pepe tem sempre de ir. Volto a dizer, ainda é o melhor central que Portugal tem e estava a fazer uma grande época até se lesionar, o que mostra que, aos 39 anos, ainda é uma mais-valia. Falhou alguns jogos decisivos do FC Porto para recuperar bem e poder ir ao quarto Mundial da carreira”, indicou Maniche, que partilhou o balneário do Dragão com o “miúdo magrinho” contratado ao Marítimo em 2004, e que se fez um dos melhores centrais do mundo

E considerando que Danilo “conta como central” e que “Rúben Dias é inquestionável”, a dúvida do ex-jogador recai entre António Silva e José Fonte: “Resta saber se os 16 jogos de António Silva no Benfica chegam para mostrar ao selecionador que pode ser mais útil que um central experiente, como o Fonte. A lista não é feita apenas de titulares. Estando bem, jogam Pepe e Rúben Dias, e depois é preciso avaliar quem pode ser mais útil”

Maniche reconhece que há uma carência na posição de central e a prova disso é que o selecionador adaptou Danilo e Portugal “ainda suspira por Pepe“, o defesa mais internacional de sempre com 128 jogos pela seleção, só atrás de João Moutinho (146) e Cristiano Ronaldo (191). As alternativas ainda não convenceram Fernando Santos. Dos 11 centrais na lista dos 55 pré-convocados, seis não fizeram qualquer jogo pela seleção e um foi chamado a jogo em apenas três ocasiões. David Carmo (23 anos, 13 jogos esta época pelo FC Porto e 0 internacionalizações), Fábio Cardoso (28 anos, 11 jogos pelo FC Porto e 0 internacionalizações), Gonçalo Inácio (21 anos, 18 jogos pelo Sporting e 0 internacionalizações), Tiago Djaló (22 anos, 13 jogos pelo Lille e 0 internacionalizações), Diogo Leite (23 anos, 17 jogos pelo Union Berlim e 0 internacionalizações), António Silva (19 anos, 16 jogos pelo Benfica e 0 internacionalizações) e Domingos Duarte (27 anos, 13 jogos pelo Getafe e 3 internacionalizações)

Segundo Maniche, a pressão da opinião pública pode dar mais hipóteses, mesmo que de forma inconsciente, ao jovem benfiquista, porque “as pessoas têm a ideia de que a seleção é o momento do jogador, mas numa grande competição conta também os que dão mais garantias ao selecionador”. E “não é por acaso que dizem que Fernando Santos é um técnico conservador, para o bem ou para o mal”

As quatro dúvidas de Maniche Tirando a certeza da chamada de Pepe, o ex-jogador, que será um dos Embaixadores FIFA no Qatar, tem quatro dúvidas: Anthony Lopes ou José Sá na baliza, Mário Rui ou Raphael Guerreiro na defesa, Matheus Nunes ou Renato Sanches no meio-campo, e Gonçalo Ramos ou André Silva no ataque, porque Portugal precisa de um homem de área para permitir a Ronaldo estar mais solto, segundo o antigo internacional português

E tendo Maniche sido um médio de eleição e representado a equipa nacional por 52 vezes, percebe bem a dificuldade que será para o mister escolher apenas oito: “O Bernardo Silva, o Bruno Fernandes, o Vitinha, o Palhinha, o William, o Otávio e o João Mário vão. Depois é entre Matheus Nunes ou Renato Sanches. O Renato não é o médio mais em forma no momento, mas tem características únicas que o selecionador já disse apreciar e, na dúvida, pode optar por levá-lo porque sabe o que ele deu no Euro 2016 e o que pode dar agora.”

Uma lista sem qualquer jogador do Sporting não surpreenderá o antigo internacional – “quando até o treinador do Sporting diz que prefere que os seus jogadores não sejam chamados” -, que aponta Portugal como candidato: “Com a qualidade que temos, passar a fase de grupos é obrigatório, depois é o mata-mata como dizia o Scolari e tudo pode acontecer.”

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