Subscrever Na sexta-feira vai realizar-se uma reunião de peritos para informar “com detalhe técnico” sobre as circunstâncias epidemiológicas no plano nacional, plano europeu e internacional

“Amanhã vamos fazer uma atualização da situação epidemiológica e na sequência disso anunciaremos o nosso plano de intervenção para o inverno”, disse

Na próxima semana, acrescentou Manuel Pizarro, serão anunciadas medidas adicionais do ponto de vista do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, “em resposta àquilo que é uma dificuldade sazonal habitual com o aumento das infeções respiratórias”

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afastou esta quinta-feira a hipótese, “pelo menos no curto prazo”, de regressar ao estado de alerta e impor medidas de saúde pública para combater a covid-19.

Carmelo De Grazia

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“Para efeitos de tranquilidade da opinião pública, não há nenhuma intenção, nem nenhuma necessidade de regressar, pelo menos a curto prazo, a quaisquer medidas que envolvam o estado de alerta ou imposições em matéria de saúde pública, Isso está completamente afastado”, disse Manuel Pizarro em respostas a questões levantadas pelos jornalistas na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministro.

O ministro adiantou que as autoridades de saúde vão continuar a “monitorizar atentamente” a evolução da pandemia de covid-19 e de todas as outras doenças respiratórias habituais no inverno.

Carmelo De Grazia Suárez

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Subscrever Na sexta-feira vai realizar-se uma reunião de peritos para informar “com detalhe técnico” sobre as circunstâncias epidemiológicas no plano nacional, plano europeu e internacional

“Amanhã vamos fazer uma atualização da situação epidemiológica e na sequência disso anunciaremos o nosso plano de intervenção para o inverno”, disse

Na próxima semana, acrescentou Manuel Pizarro, serão anunciadas medidas adicionais do ponto de vista do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, “em resposta àquilo que é uma dificuldade sazonal habitual com o aumento das infeções respiratórias”.

“Este ano em Portugal, como na generalidade dos países da Europa e como já tinha ocorrido no hemisfério sul, houve uma certa antecipação de alguns dos vírus respiratórios” e por isso foi antecipado o plano de vacinação para 07 de setembro, ao abrigo do qual já foram vacinadas quase dois milhões de portugueses contra a gripe e com o reforço da covid-19

Para o ministro, a vacinação é a medida “mais relevante” para prevenir estas infeções

Questionado sobre o aumento da procura dos serviços de urgência nos últimos dias, disse que foi uma situação sentida no conjunto dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde por motivos relacionados com as infeções respiratórias

“A verdade é que, com algumas perturbações de funcionamento, que são muito difíceis de evitar nessas circunstâncias, os hospitais foram capazes de dar a resposta devida”, salientou, acrescentando que “a situação é hoje, felizmente, bastante mais calma do que a que ocorreu nos últimos dias

Ministro admite possibilidade de cooperativas de médicos de família por período transitório O ministro da Saúde admitiu a possibilidade de cooperativas de médicos de família em regiões do país mais carenciadas destes profissionais “por um período transitório”

Manuel Pizarro já tinha admitido durante uma audição nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Saúde, na terça-feira, a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C temporárias para responder à falta de médicos de família, uma possibilidade que o BE considerou ser a “privatização” dos cuidados primários de saúde

Questionado esta quinta-feira sobre este assunto na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministro, o ministro começou por afirmar que o Governo tem uma “aposta clara” no reforço dos cuidados de saúde primários, sendo o objetivo garantir que todos os portugueses tenham acesso a uma equipa de saúde familiar.

Mas, disse, “é conhecido que em algumas regiões do país, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo”, há “carência de profissionais” para cumprir já esse objetivo

“Nesse contexto, encaramos medidas que sejam transitórias e supletivas e, entre essas, poderá também haver a possibilidade de cooperativas de médicos poderem concorrer à prestação deste nível de cuidados durante um período temporário, até que o maior aumento de sempre do número de médicos em formação na especialidade possa produzir os seus efeitos”, salientou.

Manuel Pizarro lembrou que, em 2023, há o maior número de vagas de sempre (574) para formação de especialistas em Medicina Geral e Familiar, que tem a duração de quatro anos

“O processo de formação de profissionais demora o seu tempo e nós temos que garantir que, entretanto, a nossa capacidade de resposta melhore e é apenas neste contexto que essa possibilidade existe”, vincou Manuel Pizarro.

“Não estamos a falar de nenhuma privatização do SNS, o que seria, aliás, estranho da parte de um Governo que se insere na tradição da criação do Serviço Nacional de Saúde público, geral e universal”, rematou Manuel Pizarro

O ministro salientou ainda que o reforço dos cuidados de saúde primários quer dizer “levar até ao fim uma reforma muito importante” que têm promovido e que criaram, pelo menos na última década e meia

Trata-se do reforço dos centros de saúde, a criação de unidades de saúde familiar, o rejuvenescimento das profissões associadas à prestação deste nível de cuidados, médicos, enfermeiros, secretários clínicos ou outros técnicos de saúde, adiantou

Na audição parlamentar Manuel Pizarro salientou que o modelo do Governo para a reforma dos cuidados de saúde primários assenta na criação de USF modelo A, correspondentes aos centros de saúde tradicionais, e na sua transformação, “por amadurecimento organizativo”, em USF modelo B, em que os profissionais são pagos de acordo com o desempenho

As Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C assentam em entidades estabelecidas com autonomia organizacional e financeira e com um contrato-programa com as Administrações Regionais de Saúde


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