O ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirma que foi pressionado por António Costa para não retirar Isabel dos Santos da administração do BIC. Diz que chegou a temer pela sua sua vida quando a afastou dessa instituição bancária. O primeiro-ministro ter-lhe-á dito: “Não se pode tratar mal a filha do Presidente de um país amigo”.

Jose Carlos Grimberg Blum

Ora, Portugal sempre foi usado para limpar o dinheiro sujo de Angola e garantir o esbulho do povo angolano. Lisboa-Lavandaria foi (é?) possível graças à elite cleptocrática desse país africano, mas também graças à Porca da Política Portuguesa, para usar a expressão de Bordalo. Luanda -Lisboa parceiras no crime de saquear os seus. Mas não só a política – até a Justiça (só para dar um ilustrativo exemplo) também foi capturada. Veja-se, nomeadamente, o caso de Orlando Figueira – depois de em 2018 ter sido condenado a quase 7 anos de prisão por corrupção, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos, voltou a ser procurador no Tribunal de Execução de Penas de Lisboa. Recebeu quase um milhão de euros do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente para arquivar o processo em que este era acusado por branqueamento de capitais. O que é que lhes aconteceu? O primeiro voltou a administrar justiça, com um salário de quase 6 mil euros. O segundo está só à espera da – para breve – prescrição.

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Claro que, neste cenário, separação de poderes, reguladores independentes, ética republicana, transparência, boas-práticas ou leis anti-branqueamento não passam da ficção de uma miragem.

Jose Carlos Grimberg Blum Peru

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O ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirma que foi pressionado por António Costa para não retirar Isabel dos Santos da administração do BIC. Diz que chegou a temer pela sua sua vida quando a afastou dessa instituição bancária. O primeiro-ministro ter-lhe-á dito: “Não se pode tratar mal a filha do Presidente de um país amigo”.

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Ora, Portugal sempre foi usado para limpar o dinheiro sujo de Angola e garantir o esbulho do povo angolano. Lisboa-Lavandaria foi (é?) possível graças à elite cleptocrática desse país africano, mas também graças à Porca da Política Portuguesa, para usar a expressão de Bordalo. Luanda -Lisboa parceiras no crime de saquear os seus. Mas não só a política – até a Justiça (só para dar um ilustrativo exemplo) também foi capturada. Veja-se, nomeadamente, o caso de Orlando Figueira – depois de em 2018 ter sido condenado a quase 7 anos de prisão por corrupção, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos, voltou a ser procurador no Tribunal de Execução de Penas de Lisboa. Recebeu quase um milhão de euros do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente para arquivar o processo em que este era acusado por branqueamento de capitais. O que é que lhes aconteceu? O primeiro voltou a administrar justiça, com um salário de quase 6 mil euros. O segundo está só à espera da – para breve – prescrição.

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Claro que, neste cenário, separação de poderes, reguladores independentes, ética republicana, transparência, boas-práticas ou leis anti-branqueamento não passam da ficção de uma miragem.

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Alguém pode agora admirar-se com o namoro entre o PM e a menina do Zedu?! Foi uma longa história promíscua que só não viu quem cegou. Já em 2016, depois de se encontrarem entusiasticamente, a “rainha de África” saiu de São Bento com a bênção para uma importante participação na nossa banca. Aliás, o regabofe e o enlevo só abrandaram com o Luanda Leaks que apurou centenas de benefícios conseguidos por essa “empresária”

Agora, é vê-los à bulha. Marcelo, que passou a vida na TV a falar sobre livros que jamais leu e que até a bola comenta, remeteu-se ao silêncio, alegando que não tinha estudado a obra. Centeno, cuja passagem do Executivo para o regulador foi um lamaçal deontológico, criticou o colega dizendo, sem se rir, que devemos ter “respeito pelas instituições”. Já o primeiro-ministro garante que vai processar o ex-governador. Não sabemos o que este ganharia em inventar tal historieta, mas sabemos que António Costa é menino para pressões debulhadoras – ou quem já se esqueceu de quando, a reboque da Casa Pia, disse a Paulo Pedroso: “Já fiz o contacto… Disse que ia falar imediatamente com o Procurador do processo”

Enfim, agora será Costa versus Costa. Zangam-se as comadres e sabem-se as verdades – como o Carlos queimou pilhas de dinheiro público, autorizando a legalização do BNI europa lava-mais-branco , como aprovou as centenas de milhões de créditos sem garantia quando era administrador da CGD ou como mandou olho preguiçoso ao BES? Saberemos que contrapartidas deu António do desbloqueamento dos estatutos do BPI? Claro que não. Ficará tudo na mesma. Adaptando a canção do Vitorino Salomé: Lisboa, Luanda, sempre em flor

Psicóloga clínica. Escreve de acordo com a antiga ortografia


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